O Dia das Mães é celebrado em muitos países como um momento de afeto e reconhecimento. Mas sua origem tem raízes no ativismo pacifista dos Estados Unidos. A data passou por diversas transformações, se tornou símbolo de valorização da maternidade e ganhou força comercial ao redor do mundo — especialmente no Brasil. Entenda como tudo começou e como essa celebração mudou com o tempo.
As raízes do Dia das Mães
A primeira ideia de criar a data veio da ativista Julia Ward Howe, em 1872, com o “Dia das Mães pela Paz”. Ela queria promover um mundo sem guerras. A comemoração ocorreu por alguns anos, mas perdeu força com o tempo.
Anna Jarvis e o nascimento oficial
Quem realmente tornou o Dia das Mães popular foi Anna Jarvis. Em 1908, ela organizou a primeira celebração oficial nos Estados Unidos, homenageando sua mãe. Seis anos depois, o presidente Woodrow Wilson oficializou o segundo domingo de maio como data nacional.
A revolta contra o comércio
Anna Jarvis não ficou feliz com a comercialização da data. Ela lutou até o fim da vida contra o uso comercial do Dia das Mães e morreu em um sanatório, ironicamente com o funeral pago por floristas.
O Dia das Mães no Brasil
No Brasil, a data foi oficializada por Getúlio Vargas em 1932. A decisão fazia parte de uma tentativa de reforçar os laços familiares e os valores tradicionais, especialmente da mulher no papel de mãe.
Outras formas de comemorar
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Reino Unido: no quarto domingo da Quaresma
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México: sempre em 10 de maio
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Tailândia: em 12 de agosto, aniversário da Rainha
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Etiópia: durante o festival Antrosht
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Rússia: homenageiam mães no Dia da Mulher (8 de março)
A força do marketing
A data virou a segunda mais importante para o comércio no Brasil, perdendo apenas para o Natal. A publicidade mudou com o tempo e passou a incluir diferentes perfis de mães — mas ainda há críticas à falta de representatividade real.